top of page

Glossário de Botânica

O conhecimento das plantas tem evoluído de mãos dadas com o Homem. As primeiras civilizações, cedo se aperceberam da existência de plantas com diversas características, desde as comestíveis, às que ao serem experimentadas na doenças demonstravam resultados preventivos ou curativos. 

Actualmente, a fitoterapia e o uso de suplementos alimentares são um dos alicerces do bem-estar do ser humano. Num mundo que vive cada vez mais depressa é fácil o corpo humano entrar em desequilíbrio e em falha. Os suplementos alimentares são uma opção de primeira linha para corrigir esses problemas.

 

Neste glossário encontrará mais informações acerca de todas as plantas ou substâncias que compõem os nossos suplementos alimentares. Pesquise, aprofunde o seu conhecimento e caso tenha alguma dúvida não hesite em nos contactar.

A

 

Abóbora (Cucurbita pepo) - O óleo das sementes de abóbora é usado desde sempre para o tratamento da hiperplasia benigna da próstata (HBP). Um estudo randomizado e contra placebo, realizado na Alemanha em 476 pacientes, focou-se durante um ano no efeito do das sementes de abóbora no tratamento de HBP. Os resultados obtidos foram animadores: o IPSS (Score Internacional de Sintomas Prostáticos) melhorou em média 6,8 pontos contra 1,2 pontos do placebo. Resultados desta magnitude raramente são obtidos com medicamentos específicos para o tratamento da HBP.

 

Ácido Glutâmico – O ácido glutâmico ou o seu sal, o glutamato, é um aminoácido chave no metabolismo celular. É o neurotransmissor mais comum no sistema nervoso dos vertebrados e por isso vital num sistema nervoso saudável.

 

Ácido Hialurónico - O ácido hialurónico é uma substância viscosa presente no líquido sinovial, constituinte das articulações As propriedades viscoelásticas do ácido hialurónico, proporcionam funções protectoras do líquido sinovial, como a lubrificação e absorção do choque.

 

Acidophilus (Lactobacillus acidophilus) – Microorganismo que vive habitualmente no nosso intestino. Facilita as digestões e ajuda a manter um tracto intestinal saudável.

 

Agno-casto (Vitex agnus-castus) – Na sua constituição encontram-se essencialmente flavonóides e iridoides que lhe conferem propriedades sedativas. Esta é uma planta com um forte efeito anti-estrogénico, com grandes benefícios ao nível da regulação hormonal. Actuando igualmente ao nível da hipófise, proporciona um estado de calma ao organismo. Paralelamente, estudos clínicos demonstraram eficácia da medicação produzida a partir de extractos estandardizados de Agno-casto no tratamento do Síndrome Pré-menstrual e na dor mamária cíclica (mastalgia).

 

Agrião (Nasturtium officinale) – O agrião contem quantidades significativas de ferro, cálcio, iodo, ácido fólico e vitaminas A e C.

 

Agrimónia (Agrimonia eupatoria) – São utilizadas as suas folhas e partes floridas. Entre os seus constituintes encontramos taninos catéquicos e elagitaninos, bem como compostos triterpénicos, ácido ursólico, ácido salicílico, flavonoides e fitosteróis. A sua acção é reconhecida como sendo anti-inflamatória. A Agrimónia é usada para dor de estômago, síndrome do intestino irritável, doenças da vesícula biliar e retenção de líquidos.

 

Aipo (Apium graveolens) – Planta com óleos essenciais (ricos em apiol) que actuam sobre os rins. O aipo possui propriedades diuréticas e depurativas, favorecendo a eliminação da urina, e, com ela, os resíduos tóxicos do metabolismo, como a ureia e o ácido úrico. É uma planta recomendada para problemas de insuficiência renal, gota ou artrite.

 

Alcachofra (Cynara scolymus) – As folhas possuem como principais constituintes activos os ésteres de ácido cafeico, as lactonas e flavonóides. A alcachofra é útil no tratamento sintomático de digestões lentas, náuseas e produção anormal de gases. Estudos recentes mostram que tem também efeitos hipocolesteromiantes.

 

Alecrim (Rosmarinus officinalis) – O extracto aquoso mostrou experimentalmente ter sobre os hepatócitos uma acção protectora, tendo as soluções alcoólicas uma actividade colerética e diurética. As preparações galénicas de alecrim são usadas tradicionalmente como colagogas e coleréticas e no tratamento de dispepsias. Na sua composição vamos encontrar especialmente o ácido rosmarínico e a presença de flavonóides, aos quais se atribuem as actividades antioxidantes do alecrim.

 

Alface (Lactuca sativa) – A alface tem propriedades narcóticas ligeiras. O efeito narcótico é resultado das propriedades de 2 sesquiterpenos encontrados na seiva da alface. É utilizada habitualmente para se obter uma acção analgésica e sedativa de considerável importância para as pessoas nervosas e que sofrem de insónias.

 

Alfavaca (Parietaria officinalis) – Devido a presença de vários princípios activos como os flavonóides, nitrato de potássio, enxofre e cálcio apresenta propriedades diuréticas, com especial acção na regulação do metabolismo da ureia, apresentando–se também com características emolientes e depurativas.

 

Alforva (Trigonella foenum-graecum) – O feno-grego é usado para problemas digestivos, tais como perda de apetite, dor de estômago, prisão de ventre e inflamação do estômago (gastrite). É também usado como laxante, tónico amargo, anti anémico, hipoglicemiante e hipolipidimiante. Estudos em animais demonstraram que a Alforva promove o aumento do apetite e um ligeiro aumento da ingestão de alimentos, por mecanismos ainda não esclarecidos, ocorrendo apenas um aumento não significativo do peso corporal dos animais ao longo do estudo.

 

Algas Marinhas – Ver Bodelha.

 

Aloé Vera (Aloe barbadensis) – A riqueza do Aloé Vera em diversos compostos como vitaminas, minerais, enzimas e aminoácidos proporcionam uma melhoria da vascularização dos tecidos afectados e consequentemente o aparecimento de maior número de linfócitos T. Estes linfócitos são essenciais para o bom funcionamento do sistema imunitário. O extracto seco tem propriedades laxativas (rico em aloína).

 

Amieiro (Alnus glutinosa) – O Amieiro é utilizado pelas suas características adstringentes, ou seja, a capacidade de diminuir as secreções das mucosas. Trata-se de uma planta de grande valor em termos de optimização do sistema circulatório em geral. Rica em taninos (até 20%), flavonoides (em especial a hipericina), beta-sitosterol e triterpenos, apresenta propriedades importantes na redução dos níveis de colesterol.

 

Ananás (Ananas sativus) – O ananás é muito rico em bromelaína. Esta enzima tem um efeito semelhante à pepsina, ou seja, actua no estômago promovendo a degradação das proteínas em péptidos mais pequenos.

 

Aveia (Avena sativa) – As fibras de Aveia, actuam ao nível da digestão, diminuindo a taxa de esvaziamento gástrico, o que permite níveis mais estáveis de glicémia. As fibras de Aveia ajudam também, a manter a flora intestinal. Existem ainda evidências de que pode ser útil em casos de hipercolesterolémia e hipertensão.

B

Bodelha (Fucus vesiculosis) – A bodelha é um laxante mecânico, pelo que se usa no tratamento da obesidade devido a sensação de saciedade que produz.

 

Boldo (Peumus boldus) – Textos farmacológicos, farmacopeias e Handbooks listam os usos terapêuticos do boldo como: colagogo, colerético, distúrbios digestivos, diurético e estimulante hepático. A presença de Ascaridole (peróxido de baixo peso molecular) torna o Boldo num excelente laxante e um estimulante da secreção de sucos gástricos e biliares.

 

Bromelaína – Ver Ananás

 

Bruco (Peucedanum lanciofolium) - É uma planta que se encontra nos lugares húmidos e sombrios. Apresenta propriedades diuréticas e é útil em caso de litíase dos rins e da bexiga.

 

Burututu (Cochlospermum angolense) – Devido à elevada presença de flavonóides o brututu demonstra actividade antiperoxidativa a nível das membranas celulares do fígado (previne o stress oxidativo) e tem efeito diurético. O Brututu tem propriedades desintoxicantes e purificantes do organismo. A sua raiz é rica em quinonas, catequinas, polióis e bioflavonóides. Esta espécie é também conhecida pelo seu potencial efeito anti-vírico.

 

Buxo (Buxus sempervirens) – Muito utilizado no passado como sedativo ou para o tratamento da sífilis. As folhas e casca têm propriedades anti-reumatismais e colagogas.

 

C

Cálcio – O Cálcio desempenha um papel importante no desenvolvimento de ossos mais fortes e densos nos primeiros tempos de vida e na manutenção de ossos fortes e saudáveis na vida adulta.

 

Café Verde (Coffea arabica) - O extracto de café verde é rico em constituintes activos polifenólicos obtido a partir dos grãos de café verde. Os constituintes maioritários são ácidos clorogénicos (> 45%) e ésteres do ácido quínico. É praticamente descafeinado, apresentando um teor de cafeína inferior a 2%. Os ácidos clorogénicos do extracto de café verde estão envolvidos na regulação do metabolismo da glucose e na redução da massa gorda. Os ácidos clorogénicos inibem cerca de 80% da absorção intestinal de glucose através da depleção do gradiente de sódio necessário ao seu transporte activo. Deste modo, o extracto de café verde reduz a glicemia e regula os níveis de insulina plasmáticos. Adicionalmente, promove a mobilização das reservas de gordura do organismo.

 

Camomila (Matricaria recutita) – Utilizada em problemas digestivos (digestões lentas e flatulência por exemplo). Extremamente útil em inflamações da cavidade bucal e da orofaringe. Num artigo de revisão recente sobre a camomila é referido que os capítulos florais têm acção anti-inflamatória e ansiolítica quando estudados em animais.

 

Cardo Mariano (Sylibum marianum) – O composto activo do Cardo Mariano é a Silimarina. Esta tem um efeito hepatoprotector aumentando a síntese de RNA e também impedindo a peroxidação dos lípidos da membrana celular e dos organitos dos hepatócitos.

Cartilagem de tubarão – A cartilagem de tubarão pode ser útil no tratamento da osteoartrite e de outros problemas articulares.

 

Carvão vegetal – Tem a capacidade de adsorver na sua superfície substâncias e gases. No caso do sistema gastrointestinal é útil pois vai adsorver uma série de substâncias que de outra forma poderiam reagir com a flora intestinal e provocar flatulência, aerofagia, cólicas e mau hálito.

 

Cascara sagrada (Rhamnus purshiana) - Os constituintes antraquinónicos originam acção colagoga e laxante em doses baixas ou acção purgativa em doses maiores.

 

Castanha (Castanea sativa ou Castanea vesca) – A castanha tem sido utilizada para diversas patologias, nomeadamente problemas renais, inflamatórios e circulatórios.

 

Cavalinha (Equisetum arvense) – A cavalinha apresenta elevados teores de sílica, o que a torna útil para o tratamento de unhas e cabelo frágeis. Para além desse composto, a cavalinha apresenta outras moléculas como flavonóides e saponinas que lhe conferem um elevado efeito diurético.

 

Cerejeira (Prunus avium) – Os pedúnculos do fruto são úteis em infecções urinárias, nefrite, cistite, litíase (pedra) renal e vesícula biliar. Para além disso, ajudam a eliminar líquidos (aumentam a diurese).

 

Chá Verde (Camelia sinensis) – O chá verde é obtido pela secagem e enrolamento das folhas jovens e ainda fechadas de Camelia sinensis. Desta forma preservam-se a maioria dos constituintes da planta, entre os quais os polifenóis. Estes compostos são responsáveis pelas características atribuídas ao chá verde:redução do colesterol, controlo da glicémia e capacidade antioxidante, entre outras.

 

Cha-de-mineiro (Echinodorus macraphyllum ou Echinodorus grandiflorus) – Utilizado na forma de chá depurativo diurético e laxante, devido a composto como flavonóides, triterpenos e alcalóides.

 

CLA (Ácido Linoleico Conjugado) - O ácido linoleico conjugado (CLA) é um termo genérico para uma mistura de isómeros do ácido linoleico. O CLA tem uma acção importante a nível da modelação da composição corporal, actuando na silhueta em associação a um estilo de vida saudável e a uma dieta equilibrada. Através de dados científicos podemos concluir que o CLA actua fundamentalmente em dois locais de acção, nos adipócitos (local onde a maior parte da gordura é armazenada) e nas células musculares do músculo-esquelético (onde maioritariamente a gordura vai ser utilizada para o fornecimento de energia).

 

Cola (Cola acuminata) – A Cola é estimulante do sistema nervoso central devido à cafeína, que por estar ligada a substâncias polifenólicas assegura uma libertação lenta e uma acção progressiva. Trata-se de uma planta útil em situações de astenias, falta de rendimento físico e intelectual e é ainda usada como afrodisíaca.

 

Colagénio Marinho - A produção de colagénio é vital para manter articulações, ossos, pele e cabelo saudáveis. Estudos realizados recentemente indicam que a suplementação com colagénio marítimo aumenta o tamanho, densidade mineral e resistência dos ossos, principalmente em indivíduos do sexo masculino.

 

Condroitina - O sulfato de Condroitina é um importante componente estrutural da cartilagem, sendo responsável por grande parte da sua resistência à compressão.

 

Colina – Vegetarianos, vegans, atletas de alta competição e pessoas que bebam muitas bebidas alcoólicas têm maior risco de terem deficiência em colina e podem beneficiar de suplementação. A colina é parte integrante da membrana celular e do neurotransmissor acetilcolina.

 

Crómio – O Crómio é um elemento químico essencial. Parece actuar ao nível do metabolismo dos lípidos e glúcidos. Estudos demonstram que a ausência de crómio provoca alterações nos níveis plasmáticos de glicose. Assim o crómio é extremamente útil na manutenção de níveis estáveis de glicose no sangue.

D

Damiana (Turnera difusa) – Vários estudos em animais confirmam que a Damiana aumenta a actividade sexual em animais de ambos os géneros, assim como estimula os indivíduos com disfunção eréctil. Está provado que a Damiana produz efeitos ansiolíticos.

 

Dente-de-leão – Ver Taraxáco.

E

Eleuterococo (Eleutherococcus senticosus) – Estudos comprovam que a toma de eleuterococo melhora a capacidade de memória em adultos em idade activa. Em populações mais idosas demonstra efeito no aumento da saúde mental e qualidade de vida.

 

Equinácea (Echinacea angustifólia) – O consumo de Equinácea pode atenuar a possibilidade de desenvolver constipações, em mais de 58% dos casos. O estudo, divulgado na revista científica The Lancet, alega, além disso, que a equinácea pode reduzir até quatro dias a duração da constipação. Para além destas vantagens a Equinácea, estimula a fagocitose (digestão efectuada pelos glóbulos brancos, de microorganismos estranhos ao organismo).

 

Erva-mate (Ilex paraguariensis) – Estudos preliminares mostraram que as xantinas presentes na Ervamate diferem de outras, como por exemplo a cafeína. O seu efeito estimulante é muito mais pronunciado no tecido muscular, ao contrário do habitual efeito no sistema nervoso central. Está documentada uma redução do apetite após a ingestão de erva-mate, podendo este efeito resultar de um prolongamento do tempo de esvaziamento gástrico.

 

Espinheiro Alvar (Crataegus oxyacantha) – São utilizados os seus frutos devido a sua riqueza em diversos princípios activos, como alguns flavonóides, aminas, derivados terpénicos, entre outros, esta planta tem uma importante acção no sistema cardiovascular, aumentando o débito sanguíneo nas coronárias, melhorando a contracção do músculo cardíaco, nutrindo o miocárdio e diminuindo as resistências vasculares periféricas, sem contudo alterar a tensão arterial. Possui efeitos antiarrítmicos e hipotensores, revelando ainda efeitos sedativos com indicações no tratamento dos estados nervosos e das perturbações menores do sono.

 

Espirulina (Arthrospira platensis, Arthrospira maxima) – É usada como uma fonte de proteínas, vitaminas do complexo B e ferro. Devido ao alto conteúdo em proteínas e mucilagens é usada para reduzir o apetite. As mucilagens protegem as mucosas e atuam como laxante. Os sais minerais, vitaminas, aminoácidos essenciais justificam o seu valor como complemento dietético.

 

Eucalipto (Eucalyptus globulus) – A presença de Cineol produz acção anti-séptica e descongestionante das vias respiratórias. São reconhecidas as propriedades anti-sépticas das vias respiratórias associadas ao óleo essencial. Tem acção mucolítica de acção directa por estimulação directa das células secretoras da mucosa brônquica e anti-pirética.

F

Fava (flor) (Vicia sativa) – Devido aos seus constituintes a flor da fava possui acção emoliente.

 

Fenilcata Africana – Planta medicinal angolana. A sua casca contém ácido antraquinónico e um heterósido da família das digitálicas que a torna especialmente indicada nas doenças cardíacas.

 

Fibras vegetais – As fibras vegetais não são absorvidas pelo organismo mas ainda assim são bastante importantes. Ao não serem absorvidas continuam o seu percurso no intestino, absorvendo água e sendo o principal formador da matéria fecal.

 

Fósforo – O fósforo tem um papel relevante na formação molecular do DNA e do RNA, bem como do ATP, adenosina trifosfato (cuja função é armazenar e transportar a energia). Além disso, funciona como tampão, impedindo a acidificação ou alcalinização do endoplasma.

 

Framboesa (Rubus idaeus) – A framboesa é rica em compostos fenólicos, de onde se destacam as cetonas. As cetonas de framboesa têm uma estrutura semelhante à capsaicina e à sinefrina. Estudos in vitro demonstram a capacidade das cetonas aumentarem a expressão da adiponectina, a enzima que controla o metabolismo. Níveis elevados desta enzima, são encontrados em indivíduos com menor percentagem de gordura corporal. Noutro estudo, realizado em ratinhos, demonstrou-se que as cetonas de framboesa diminuíam a acumulação de gorduras nos adipócitos.

 

Freixo (Fraxinus excelsior) – As folhas são utilizadas devido à sua riqueza em taninos (cerca de 8% - taninos gálhicos e catéquicos), iridóides, flavonoides, glúcidos e mucilagens. Têm uma acção diurética, uricosúrica, levemente anti-inflamatória devido à presença dos compostos cumarinicos e aos flavonoides.

 

Fumária (Fumaria officinalis) – Rica em alcalóides, a fumária e utilizada na regulação hepatobiliar e pelos seus efeitos diuréticos e laxantes. Está indicada para regular e estimular a colerese nas digestões difíceis, para favorecer a diurese e nas afecções vesiculares.

 

Funcho (Foeniculum vulgare) – O óleo essencial de funcho é utilizado na flatulência e como estimulante digestivo.

G

Garcinia (Garcinia Cambogia) – A Garcinia é um pequeno arbusto originário das florestas da região do Camboja, Sul de África e Polinésia. A casca do fruto da Garcinia apresenta um elevado conteúdo (30%) de ácido hidroxicítrico (HCA), considerado o seu principal constituinte activo. O HCA é um potente bloqueador parcial da síntese endógena de ácidos gordos. Este mecanismo favorece assim a redução da formação de depósitos lipídicos no tecido adiposo.

 

Geleia Real – A geleia real é o alimento usado pelas abelhas principalmente para alimentar as larvas que irão originar rainhas. Contém um teor elevado de proteínas (43 a 48%) e oligo-holósidos. Útil nas convalescenças, no esgotamento cerebral, depressões nervosas e sempre que se pretenda retardar os processos de envelhecimento.

 

Gergelim – Ver Sésamo.

 

Gérmen de Trigo – O Gérmen de Trigo é uma fonte concentrada de diversos nutrientes incluindo vitamina E, ácido fólcio, fósforo, tiamina, zinco e magnésio, assim como ácidos gordos essenciais.

 

Ginkgo biloba – Os extractos de Ginkgo biloba têm propriedades vaso-reguladoras, vasodilatadoras arteriais, vasoconstritoras venosos, reforçam a resistência capilar e inibem a agregação plaquetária e eritrocitária. Alguns autores referem ainda que diminuem a hiperpermeabilidade capilar, melhoram a irrigação tecidular e activam o metabolismo celular, em particular ao nível cortical (aumentando a captação de glucose e de oxigénio).

 

Ginseng (Panax ginseng) – Ensaios farmacológicos têm demonstrado que o Ginseng aumenta a capacidade de resistência às doenças, à fadiga e ao stress por acção sobre o eixo hipotálamo-hipófise-cortex supra-renal e inibe a peroxidação lipídica devido á acção anti-radicalar. O governo alemão aprova o seu uso na fadiga, debilidade e para aumentar a capacidade de trabalho e concentração.

 

Glucomanano (Amorphophallus konjac) – O glucomanano é composto por fibras que absorvem até 100 vezes o seu peso em água, aumentado o volume e provocando um efeito saciante. Esse "gel" formado tem também efeito laxativo (por efeito expansor de volume).

 

Glucosamina - A glucosamina é uma substância presente nos ossos, medula óssea, marisco e fungos. É o percursor dos principais constituintes das cartilagens e como tal é essencial para manter ou recuperar cartilagens saudáveis.

 

Guaraná (Paullinia cupana) – Apresenta-se como factor estimulante devido à presença da cafeína, que vai actuar ao nível do sistema nervoso central. As suas capacidades incluem o aumento do alerta mental, o combate à fadiga, o aumento da endurance física e psíquica e a acção afrodisíaca. 

 

H

Harpagófito (Harpagophytum procumbens) – Rico em dois iridóides anti-inflamatórios (o harpagósido e o harpagido), as principais indicações terapêuticas são o emprego em problemas degenerativos dolorosos do aparelho locomotor, devendo ser usado em tratamentos prolongados (pelo menos 3 meses). Não deve ser usado no caso de úlceras.

 

Hipericão-do-gerês (Hypericum androsaemum) – Tem propriedades diuréticas e estimula a libertação da bílis e a função hepática, ajudando no combate aos cálculos renais.

I

Inositol – O inositol está envolvido numa série de processo intra e extracelulares, entre os quais: transdução de sinal da insulina, formação do citoesqueleto, orientação das membranas, controlo da concentração intracelular de cálcio, manutenção do potencial eléctrico das membranas, modulação da actividade da serotonina, degradação dos lípidos e manutenção dos níveis plasmáticos de colesterol e expressão genética.

 

J

Jalapão (Exogonium purga) – As folhas de jalapão contêm um glucósido e um sapósido, o que as tornam particularmente úteis em casos de arritmias.

 

Jatobá (Hymenaea courbaril) – Planta da flora brasileira, possuidora de uma resina muito utilizada pelos indígenas na sua medicina popular e também em numerosos compostos homeopáticos para resolução de problemas cardíacos e para patologias cardiopulmonares.

 

L

Laranja Amarga (Citrus aurantium) – Os frutos da laranjeira amarga são usados medicinalmente pelas suas propriedades termogénicas, promovendo a redução do peso corporal. O mecanismo de acção do Citrus aurantium relaciona-se com o facto de possuir na sua composição o composto sinefrina que promove a termogénese e favorece a eliminação de tecido adiposo. Adicionalmente, parece exercer uma acção supressora do apetite.

 

L-Carnitina – Nas células vivas a Carnitina é necessária para o transporte de ácidos gordos do citosol para o interior da mitocôndria, durante a degradação dos lípidos. Desta forma a célula produz energia metabólica que lhe permite viver.

 

Lecitina de Soja – A lecitina pode ser metabolizada a inositol. Para além disso, investigações mostram que a Lecitina de Soja tem efeitos significativos na diminuição do LDL e triglicéridos e no aumento do HDL no sangue.

 

Levedura de Cerveja – A Levedura de Cerveja possui acção reguladora das glândulas endócrinas e é um tónico geral cardíaco e circulatório. Favorece a assimilação dos alimentos, equilibra e regenera a flora intestinal e é um notável protector hepático.

 

Licopeno – Ver Tomate.

 

Limão (Citrus limon) – O limão contem pectina, uma fibra solúvel que demonstra ser útil na perda de peso. O limão ajuda também a diminuir a absorção de açúcares pelo corpo.

 

Lúpulo (Humulus lupulus) – O óleo essencial e os compostos amargos do Lúpulo têm uma acção sedativa e espasmolítica, útil em situações de ansiedade e insónias. As investigações realizadas com associações de lúpulo e outras substâncias demonstraram eficácia no tratamento da insónia.

 

M

Maçã (Malus domestica) – A maçã contem dois compostos (a quercetina e a floridizina) que actuam sobre os receptores da glucose ajudando a manter estáveis os níveis de glicémia e a degradar os açúcares.

 

Magnésio – O magnésio e essencial para todas as células vivas pois representa um papel importante como cofactor enzimático e na manipulação de compostos fosforilados (ATP, DNA e RNA por exemplo).

 

Metil Sulfonil Metano (MSM) - O MSM é uma forma orgânica de enxofre, o terceiro mineral mais comum no organismo. Estudos publicados indicam que a suplementação com MSM pode aliviar as dores nos joelhos, de origem osteoarticular.

 

Milho (Zea mays) – Os estiletes e os estigmas possuem um elevado teor de potássio, flavonóides, aminas, enzimas, taninos, vestígios de óleo essencial, acido salicílico, alantoina, saponinas, óleo gordo, esteróis e mucilagens. Devido a esta composição as barbas de Milho (estiletes e os estigmas) têm um forte efeito diurético.

 

Morangueiro (Fragaria vesca) – O morangueiro é utilizado para sintomas de irritação do tracto gastrointestinal e para problemas renais, em particular relacionados com cálculos, devido ao seu efeito diurético.

 

Muirapuama (Ptychopetalum olacoides) – A Muirapuama tem características de adaptogénio. Eficaz em casos de stress e de disfunção eréctil. Foi verificado em coelhos que injecções do extracto de muirapuama causaram um relaxamento dose-dependente do corpo cavernoso e um ligeiro aumento no cAMP. É ainda referido que as saponinas esteróides da muirapuama podem ser responsáveis pela eficácia da planta no tratamento das disfunções sexuais, devido ao aumento que provoca nos níveis de testosterona.

O

Omega 3 (EPA e DHA) – O Omega 3 é constituído por EPA e DHA, que são ácidos gordos essenciais (não são produzidos pelo corpo humano). A FDA declarou em 2004 que estudos suportam que o EPA e o DHA podem reduzir o risco de doenças coronárias e a EFSA considera que o EPA e o DHA contribuem para o normal funcionamento do coração. Outros estudos indicam que o EPA pode ser útil na prevenção de estados dementes e como coadjuvante no tratamento de depressões.

 

Onagra (Oenothera biennis) – O óleo de Onagra é muito rico em ácido gama-linoleico ou GLA (presente nos omega 6), que vai ser percursor do ácido araquidónico e posteriormente das prostaglandinas. Desta forma o GLA vai ter influência em todos os processos mediados pelas prostaglandinas (efeito anti-inflamatório por exemplo). O GLA útil no tratamento da dor neuropática e da artrite reumatóide. Estudos recentes demostram que as mulheres que tomam suplementos ricos em GLA têm uma síndrome pré-menstrual menos prenunciado. Ajuda ainda a prevenir a osteoporose (estudos indicam que os indivíduos que não têm um aporte suficiente de GLA têm maior probabilidade de vir a sofrer de osteoporose).

 

Ortósifo (Orthosiphon stamineus) – Ortósifo possui folhas e caules ricos em sais de potássio, flavonas lipofílicas, heterósidos flavónicos e taninos. Os sais de potássio, flavonoides e saponósidos aumentam a diurese, com eliminação de cloretos e catabolitos azotados. Por este facto, é uma planta de grande utilidade em regimes de emagrecimento, bem como Hipercolesterolemia, hiperuricemia, gota e hipertensão arterial.

 

Ostra (Ostreidae) – A ostra (em particular a sua casca) é muito rica em cálcio, zinco e outros minerais, sendo um excelente suplemento alimentar.

 

Ovo de codorniz (Coturnix coturnix) – Os ovos de codorniz são fontes nutricionais de excelência visto possuírem uma grande quantidade de vitaminas B1, B2 e A e ainda cálcio, fosforo, potássio e zinco.

 

P

Palmeto ou Palmeira Anã (Sabal serrulata, Serenoa repens) - Diversos estudos meta-analíticos têm demonstrado que o Palmeto é efectivo e seguro no tratamento da hiperplasia benigna da Próstata (HBP), nomeadamente quando comparado com placebo e/ou medicamentos normalmente utilizados (a tansulosina e a finasterida). Um estudo realizado a longo termo (2 anos) sugere que o palmeto pode reduzir o risco de homens com HBP virem a necessitar de cirurgia.

 

Papaia (Carica papaya) – A papaia é muito rica em papaína. Esta enzima tem um efeito semelhante à pepsina, ou seja, actua no estômago promovendo a degradação das proteínas em péptidos mais pequenos.

 

Passiflora (Passiflora incarnata) – São-lhe atribuídas propriedades sedativas, antiespasmódicas e "tranquilizantes" confirmadas in vivo. A sua actividade sedativa levou ao uso no tratamento de sintomas de alcoolismo, ansiedade, insónia, nervosismo e enxaqueca.

 

Pau d'Arco (Tabebuia impetiginosa, Tabebuia ipé, Tabebuia avellanedae) – Aumenta a produção de glóbulos vermelhos e da respectiva hemoglobina por um estímulo na medula óssea vermelha. Esta acção também conduz a uma maior produção de glóbulos brancos.

 

Pinheiro (Pinus pinaster) – O Pinheiro é rico em Picnogenol. Por ter na sua constituição bastantes flavonóides, o Picnogneol é um antioxidante e anti-inflamatório natural.

 

Pólen apícola – Tem sido demonstrado que o pólen apícola tem actividade antioxidante e anti-radicalar, acções que favorecem as defesas do organismo, para além de aumentarem o potencial energético do organismo, a capacidade de trabalho e melhorar o rendimento desportivo. Tem interesse na depressão, no stress e em geriatria.

 

Própolis – Produto em que predomina uma resina vegetal recolhida pelas abelhas, a partir de diversas árvores e das cascas de vária Pináceas. Na sua composição existem resina e bálsamos, óleos essenciais, cera e pólen entre outros compostos como os flavonóides e outros compostos polifenólicos. Tem actividade cicatrizante e anti-inflamatória.

 

Pulmonária (Pulmonaria officinalis) – A Pulmonária (Pulmonaria officinalis L.) tem sido utilizada desde a antiguidade como um remédio peitoral e pulmonar em afecções respiratórias. São utilizadas as partes aéreas floridas, ricas em mucilagens e outros polissacarídeos e alantoína, responsáveis pela acção emoliente e cicatrizante, bem como os saponósidos, responsáveis pela acção expectorante. Por este motivo é usada como expectorante ligeiro, calmante da tosse, na irritação da garganta, nas bronquites e outras doenças do aparelho respiratório.

 

Q

Quina (Cinchona pubescens) – Os seus princípios activos fazem desta planta um importante tónico, com acção de estímulo do apetite e promovendo as secreções gástricas para um melhor aproveitamento de todas as substâncias nutritivas ingeridas na nossa dieta diária.

 

R

Reishi (Ganoderma lucidum) – O Reishi contém princípios activos que aumentam o fluxo sanguíneo coronário, diminuem a tensão arterial e os valores elevados de colesterol, permitindo ao músculo cardíaco funcionar mais eficazmente mesmo em níveis mais reduzidos de aporte de oxigénio. Estes mesmos compostos têm uma acção relaxante, analgésica e anti-séptica. O Reishi também contém compostos mucilaginosos (polissacarídeos) que aumentam a resposta imunológica e diminuem a consistência das secreções brônquicas.

 

Retinol – Ver Vitamina A.

 

Ruibarbo (Rheum palmatum ou Rheum officinal) – Planta com acção adstringente e colagoga em doses baixas e laxativa em doses mais altas. Rico em heterósidos que são degradados pelas bactérias intestinais e que aumentam a mobilidade do cólon.

 

S

Salsa (Petroselinum sativum) – Erva muito rica em vitaminas e minerais, nomeadamente potássio (responsável pelo efeito diurético), ferro, cobre e manganésio (importantes para combater anemias), entre outros.

 

Sene (Cassia angustifolia) – Planta com derivados antraquinónicos mais utilizada em terapêutica, é extremamente rica em senósidos, mucilagens e flavonóides, que lhe conferem poderosas propriedades laxativas.

 

Sésamo (Sesamum indicum) – Rico em diversos nutrientes, como minerais vitaminas e proteínas (nomeadamente a lecitina). É, a par da soja, a planta mais rica em lecitina.

 

Sílica vegetal – Quando tomada por via oral a sílica é utilizada em casos de osteoporose, alopécia, endurecimento das unhas, prevenção da queda de cabelo e sempre que se verifique um caso de desmineralização do organismo.

 

T

Taraxáco (Taraxacum officinale) – O Taráxaco ou Dente-de-Leão é utilizado tradicionalmente para problemas de fígado e vesícula. As suas propriedades principais passam por facilitar a digestão, devido à sua acção na dispepsia, e estimular o apetite, acção promovida pelos seus constituintes amargos. A presença de inulina na planta pode também permitir a sua utilização em casos de obstipação, devido à sua acção laxante suave. O taráxaco aumenta ainda a produção de bílis, através da sua acção colerética e colagoga.

 

Tomate (Lycopersicon esculentum) - O tomate é um fruto muito rico num pigmento específico, o licopeno. Segundo o National Cancer Institute dos EUA, diversos estudos in vitro demostraram que o licopeno inibe a expressão do receptor andrógeno nas células tumorais do cancro da próstata, assim como diminui a proliferação do tumor. Outros estudos realizado em animais e in vitro levantaram a possibilidade de o licopeno ter efeitos preventivos para os cancros da próstata, pele, mama, pulmão e fígado.

 

U

Ulmária (Filipendula ulmaria) - Utilizada em casos de reumatismo, gota, infecções e febre devido à presença de taninos, óleos essenciais, flavonoides e principalmente ácido salicílico (substância a partir da qual é sintetizada a aspirina).

 

Urtiga-branca (Lamium album) – Contem taninos catéquicos que estão associados aos efeitos tónicos e adstringentes desta planta, assim como saponósidos responsáveis pelas propriedades anti-inflamatórias nomeadamente da boca e garganta. A sua acção principal está relacionada com as suas características de expectorante ao nível respiratório.

 

Uva-ursina (Arctostaphylos uva-ursi) – Contem o glicósido arbutina, que possui actividade antimicrobiana e actua como diurético ligeiro. É usado para queixas do tracto urinário incluindo infecções urinárias, cistites e litíase.

 

V

Valeriana (Valeriana officinalis) – A valeriana é empregue em formulações para o tratamento de estados de agitação e de insónia devidos a problemas nervosos, em adultos e crianças, dado o seu efeito depressor do sistema nervoso central. Pode potenciar o efeito de outros sedativos do SNC.

 

Videira (Vitis vinífera) – As antocianinas conferem à videira propriedades anti-edemaciosas e tornam útil também no tratamento da insufiência venosa, inchaço nas pernas e varizes.

 

Vidoeiro (Betula alba ou Betula pendula) – As folhas tem um gosto peculiar, aromático, odor agradável e sabor amargo. É utilizado na gota, reumatismo e nos casos de litíase, pelo efeito diurético que produz.

 

Vitamina A ou Retinol – A vitamina A tem múltiplas funções. É um importante factor de crescimento e desenvolvimento e essencial para a manutenção do sistema imunitário e visão saudáveis.

 

Vitamina B1 ou Tiamina – Importante para o bom funcionamento do sistema nervoso, dos músculos e do coração. Auxilia as células no metabolismo da glicose e sua deficiência pode causar lesão cerebral potencialmente irreversível.

 

Vitamina B12 ou Cianocobalamina – Vitamina essencial no processo de eritropoiese (formação de glóbulos vermelhos).

 

Vitamina B2 ou Riboflavina – No organismo humano, favorece o metabolismo das gorduras, açúcares e proteínas e é importante para a saúde dos olhos, pele, boca e cabelos.

 

Vitamina B6 ou Piridoxina – Vitamina essencial no metabolismo das proteínas. Num quadro de alcoolismo ou anemia pode estar diminuída.

 

Vitamina C ou Ácido Ascórbico – Diminui a duração de gripes e resfriados (quando tomada preventivamente). É também um forte agente antioxidante, isto é, tem a capacidade de bloquear os danos causados pelos radicais livres.

 

Vitamina D3 ou Colecalciferol – A vitamina D promove a saúde dos dentes e ossos em crianças, contribuindo para o não aparecimento do raquitismo. Além disso, melhora a densidade óssea, auxilia na construção e prevenção da perda óssea, além de proteger o corpo contra a fraqueza muscular, uma vez que promove a maior absorção de cálcio no sangue.

 

Vitamina E ou Tocoferol – A vitamina E tem muitas funções biológicas sendo o papel antioxidante o mais importante ou pelo menos o mais conhecido. Outras funções incluem actividades enzimáticas, expressão de genes, funções neurológicas e sinalização celular.

 

Z

Zimbro (Juniperus communis) – Os efeitos diuréticos são comuns a vários constituintes fitoquímicos do zimbro com por exemplo os terpenos, os sesquiterpenos, o ácido juniperínico e juniperina. Assim o Zimbro é utilizado em doenças reumáticas e gota. 

bottom of page